Desconstruir o significado de ilustração. Desmistificar que uma ilustração é uma forma de contar histórias.

Nunca tinha participado numa coisa deste tipo, assim, à distância. E foi bem giro!

O Paulo Galindro é um ilustrador, diz ele, é "ilustrador, arquitecto e astronauta nas horas livres!" e foi mais ou menos desta forma que se apresentou no início do primeiro Workshop "Ilustração”, por Paulo Galindro, dinamizado pela  The Book Company.

De volta à ilustração, de novo para a Marisa Silva (autora do Bedtime Stories for Project Managers, que também ilustrei). Desta vez as ilustrações são para um jogo de cartas, ainda no âmbito da Gestão de Projectos. A Marisa é PM - Project Manager.

Mas não é deste trabalho que vos quero falar, é do seu processo e de qualquer outro processo criativo, para as ilustrações, que faço. É um processo simples, mas cheio de pontos importantes que contribuem para o sucesso do trabalho.

No passado dia 9 de Janeiro tive uma manhã diferente. Fui convidada pela minha professora de Ciências Naturais do 9º ano, a ir à biblioteca da escola, conversar com alunos sobre o meu percurso académico e profissional que levaria a conversarmos sobre os media, seu peso na sociedade e os seus perigos.

Comecei a conversa com um episódio que me aconteceu naquela mesma escola, quando tinha mais ou menos a idade dos alunos das duas turmas presentes na sessão.

Martinho era um menino simpático e tivera a sorte de crescer com uma boa família e numa boa casa, onde nunca nada lhe faltara. Tinha imensos brinquedos, mas nem sempre tinha com quem brincar.

Chegado à idade de ir para a escola deparou-se com várias realidades, muito diferentes da sua. Alguns meninos não tinham sequer um terço de tudo o que ele tinha.

Certo dia, ao arrumar o quarto do menino, a mãe deu por falta de alguns jogos e bonecos.

- Martinho, que andas a fazer aos teus brinquedos? Não encontro nada! Onde está o teu jogo das damas?

A Catarina era uma menina muito sorridente, mas naquele dia estava com um ar muito sério.

- Então, Catarina, que se passa? – perguntou-lhe a mãe. – Não estás contente por irmos viajar? Vamos a Paris, como sempre quiseste!

- Estou mamã, estou!

- Mas diz à mãe, que se passa, pareces nervosa….

- Mamã, não podemos ir de carro?

A mãe riu-se. Então, era isso; a menina ia andar pela primeira vez de avião e como só tinha viajado de carro em todos os outros passeios, estava um bocadinho assustada.

Joana Joaninha vivia num pequeno bolbo no meio da horta. Todas as manhãs espreitava pela pequena janela para ver o tempo que fazia, antes de sair de casa. Nos dias frios não conseguia sair, as temperaturas baixas obrigavam-na a ficar no quentinho do seu bolbo, o frio congelava-lhe as asas e as patas impossibilitando-a de fazer as suas rondas.

Com as suas patitas brancas, pegou numa ponta da fita, depois na outra.- Hum, hum... O coelho saiu da toca, ganhou uma gravata... Hum, hum, deu uma voltinha et voilá!, fez um laço! Pronto, mais um ovo pronto!

Olhou o calendário e viu um grande “E” em cima daquela terça-feira. Esboçou um sorriso maior do que de orelha a orelha. Tinha chegado o seu dia preferido do ano, aquele dia em que podia sair à rua e ser ele mesmo!

É já este sábado, a 2ª Festa Solidária da Cercilei, no Auditório da Filarmónica das Chãs, às 21h, com o Pe. Borga.

Bernardo acordou fresquinho pela manhã. Espreguiçou. Esticou-se, esticou-se, bem esticadinho, esticadinho, até não dar mais! Abriu os seus pequenos olhos e foi com espanto que viu, que estava em cima duma folha de laranjeira.