Joana Joaninha vivia num pequeno bolbo no meio da horta. Todas as manhãs espreitava pela pequena janela para ver o tempo que fazia, antes de sair de casa. Nos dias frios não conseguia sair, as temperaturas baixas obrigavam-na a ficar no quentinho do seu bolbo, o frio congelava-lhe as asas e as patas impossibilitando-a de fazer as suas rondas.
Naquela manhã estava sol, era quase verão. Joana Joaninha esticou as antenas e abriu a porta, para começar a primeira ronda do dia.
Subiu um caule, pulou uma folha e outra e chegou ao topo de um girassol.
– Bom diazz, Joana! – disse-lhe a abelha.
– Ah, olá! Bom dia, Maria. Tudo calmo?
– Não seizz, não vi nadazz! Acabei de chegar aquizz!
– Tenho que estar muito atenta, anda aí um bando de pulgões a dar cabo dos feijões! Vou continuar a ronda!
– Até logozz! Boa sortezz!
Voltou a descer o girassol e dirigiu-se aos morangueiros, os feijões ficavam logo a seguir, dali podia vigiar discretamente e verificar se os pequenos pulgões por lá andavam.
Aproximou-se de um morango bem vermelho, e ela era tão vermelha também que a sua carapaça se confundia com o fruto. Com as patitas simulou uns binóculos e pôs-se a observar.
– Hum, hum… Ah!
Lá estavam eles, os pulgões, um grande grupo deles, todos juntinhos quase a engolir um feijão! Levantou voo e de asas abertas fez uma sombra feia e monstruosa sobre o feijão, que assustou os pulgões, que saltaram dali para fora, cheios de medo. Assim que o feijão ficou limpo, Joana Joaninha pousou nele.
– Mais um feijão salvo! A minha missão está cumprida!
[…] 1 Ano de Histórias: Maio […]